A greve dos trabalhadores da educação do estado, que começou no
dia 12 de agosto, foi considerada abusiva pela Justiça. O desembargador Marcos
Machado deu prazo de 72 horas, a partir da publicação da decisão, para que a
categoria retome os trabalhos, com efetivo suficiente para assegurar o ano
letivo de 2013. Aproximadamente 430 mil alunos estão sem aula em Mato Grosso. O
Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT)
informou que deve recorrer da decisão.
A decisão atende ao pedido do
governo do estado, que entrou com uma Ação Declaratória de Ilegalidade de Greve
dos Servidores contra o Sintep-MT. A categoria pede mais verba da arrecadação
do estado para a educação, passando dos atuais 25% para 35%, como prevê a
constituição estadual, reajuste salarial de 10,4%, melhorias nas condições das
escolas, inclusão de hora-atividade para os professores contratados e a posse
dos classificados no concurso público realizado em 2010 em Mato Grosso. Na decisão, Machado cita que
foi formada uma comissão de estudos pelas secretarias estaduais de Educação,
Fazenda e Administração e por membros do Sintep-MT, com o objetivo de
apresentar, até o dia 15 de outubro, proposta que demonstrasse a possibilidade
do reajuste pedido pelos profissionais. “Todavia, o Sintep-MT não
concordou aguardar o resultado desse estudo porque teria sido exatamente a
posição governamental de 'condicionar o atendimento da pauta de reivindicações
aos prováveis resultados de mais um grupo de estudos', a principal motivação
para deflagração da greve”, diz trecho do despacho. Machado argumenta que a greve é abusiva porque não poderia
ter sido deflagrada durante as negociações e nem com a falta de contingente
mínimo para a garantia da continuidade de serviço considerado essencial.
A multa diária caso haja
descumprimento da decisão é de R$ 23.760. Em Mato Grosso, cerca de 35 mil
profissionais da educação atuam na rede estadual.
Outro lado
O diretor de Comunicação do Sintep-MT, Gilmar Soares Ferreira, informou que a categoria deve continuar com a greve por tempo indeterminado. "Para nós, não é novidade ser considerada abusiva. Assim que formos notificados, vamos recorrer da decisão. E a greve só pode ser suspensa após assembleia geral da categoria", disse.
O diretor de Comunicação do Sintep-MT, Gilmar Soares Ferreira, informou que a categoria deve continuar com a greve por tempo indeterminado. "Para nós, não é novidade ser considerada abusiva. Assim que formos notificados, vamos recorrer da decisão. E a greve só pode ser suspensa após assembleia geral da categoria", disse.
Em relação à argumentação de
que a classe não manteve efetivo mínimo, Ferreira afirma que a Justiça tem
diferentes interpretações em relação aos serviços considerados essenciais.
"Já houve casos em que a educação não foi enquadrada nessa
categoria. Quanto ao número de funcionários trabalhando, não há regulamentação
para o serviço público, e sim, para o privado", declarou.
Fonte:www.nativanews.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário