Os professores da rede estadual
de ensino, que estão em greve desde o dia 12 de agosto, decidiram manter a
paralisação por tempo indeterminado até que o governo do Estado resolva ceder e
atender o pleito da categoria que reivindica entre outras coisas, reajuste
salarial de 10,41%. A decisão foi unânime, entre os professores e
representantes sindicais que vieram de várias cidades mato-grossenses para
participarem da assembleia geral da categoria.
A greve completou 37 dias nesta
terça-feira e não existe previsão para ser suspensa. Os alunos terão que repor
as aulas perdidas no início de 2014, pois neste ano não haverá mais tempo
suficiente para isso. São cerca de 450 mil alunos sem aulas em todo o Estado,
pois a paralisação atinge 90% dos 38 mil servidores que atuam nas 744 escolas
estaduais.
O encontro ocorreu na Escola
Estadual Presidente Médici, em Cuiabá, na tarde de segunda-feira (16) e na
prática, só oficializou a posição já defendida pelos profissionais. Eles não
pretendem recuar, mesmo depois que o Tribunal de Justiça ficou do lado do
governo do Estado quando o desembargador Marcos Machado, acatou na terça-feira
(10) uma ação impetrada pelo Estado e mandou os grevistas voltarem às salas de
com um contingente mínimo que garanta a continuidade dos serviços educacionais.
O prazo dado foi de 72h e
venceu nesta segunda-feira. Mas, no mesmo dia da decisão o presidente do
Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT),
Henrique Lopes do Nascimento, já havia dito que tal decisão não seria cumprida.
Na ordem judicial, o magistrado
não declarou a greve como ilegal, e sim como “abusiva”, porque segundo ele, não foi respeitado o “contingente
mínimo a garantir a continuidade dos serviços educacionais". Por outro
lado, o sindicalista rebateu e disse que abusiva é a posição do governo que
prometeu negociar, disse que apresentaria uma proposta à categoria, mas
recorreu à Justiça contra o movimento grevista.
Henrique Lopes do Nascimento
justificou que a paralisação foi mantida e segue adiante porque não houve
elementos que justificassem a suspensão da greve. “A proposta que o governo disse estar elaborando desde o dia 3 não foi
apresentada até o momento e por isso não temos nenhum motivo para suspender a
greve”, afirma o sindicalista ao explicar que a assessoria jurídica do
Sintep já recorreu para tentar cassar a liminar favorável ao Estado. “Esperamos que o governo não espere a greve
chegar até as últimas instâncias judiciais pra negociar com a gente”,
lamentou ele.
Aqui no município de Itaúba,
profissionais da escola Papa João Paulo II, em reunião realizada às 17horas desta
terça-feira (17) decidiram acompanhar as determinações do Sintep/MT e permanecer
aguardando uma solução por parte do governo estadual.
Fonte: Gazeta Digital / Profº.
Nilson Caires
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